Vendas online de produtos veganos e naturais ganha e-commerce próprio

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Apesar de um intenso crescimento de adeptos e de ser um mercado em franca expansão, ainda não são tantos os locais que oferecem uma boa variedade de produtos sem insumos animais ou mesmo, naturais. Pensando nisso, alguns empresários vêm investindo em um maior acesso desse público, criando possibilidades para que as vendas online de produtos veganos, vegetarianos e naturais, fique mais fácil.

Cada vez mais pessoas tem descoberto benefícios em adotar um estilo de vida mais saudável, seja pelo consumo de alimentos orgânicos, ou mesmo um estilo de vida inteiro livre de qualquer tipo de exploração animal. A preocupação com a própria saúde e com um mundo melhor no futuro são os principais motivos para essa tendência.

É claro que, onde há a criação de um nicho, há sempre um empreendedor com ideias mirabolantes para atender uma necessidade recém-surgida.

No caso, uma coisa que vinha incomodando muito Laísa Dalmaso, era que nunca conseguia encontrar todos os produtos veganos  que queria em um único lugar. Com isso era obrigada a fazer buscas presenciais e online em vários locais.

Para contornar isso, ela viu uma oportunidade de suprir uma necessidade que não era só sua e começar um negócio com isso. No caso, Laísa abriu o Portal Vegano, um shopping virtual onde negociantes podem fazer vendas de produtos veganos, vegetarianos e naturais de vários segmentos.

Ao todo já são 150 lojas que comercializam peças de vestuário, cosméticos, artigos de decoração, produtos para pet, entre outros, tudo com o “selo” de produtos amigos da natureza.

Segundo a empreendedora, o lucro da empresa vem dos 15% cobrados de comissão de vendas feitas no site, que só em 2020 faturou R$140 mil.

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Conforme pesquisa da Emergen Research, até 2027 o mercado de alimentos a base de plantas deve injetar na economia mundial um equivalente de R$90 bilhões. Com isso, muito mais do que novas empresas surgindo com a proposta de alimentos e outros artigos desse tipo, as gigantes alimentícias também já estão elaborando novas vertentes a fim de aproveitar uma fatia dessa bolada.

A PepsiCo, por exemplo, é uma que acabou de firmar parceria com a Beyond Meat, uma foodtech americana, com quem deseja criar uma linha de bebidas e lanches a base de vegetais. Outro exemplo já no mercado, são os sanduíches a base de plantas lançados até mesmo por fastfoods como o Burguer King.

Segundo o levantamento da Emergen, um dos maiores responsáveis pelo aumento do montante financeiro dessa indústria, devem ser as doenças ligadas ao consumo de produtos de base animal.

Há algum tempo mais e mais pessoas tem desenvolvida a chamada “intolerância a lactose” e com isso, tem aderido ao consumo de leite vegetal para evitar sofrer com os efeitos causados pelo leite animal. Outros problemas como o aumento de doenças cardiovasculares, bastante ligadas ao consumo de carne vermelha e gordura animal, também devem impulsionar a busca por produtos substitutos.

Além disso, outros fatores como os avanços de pesquisas para a criação de alimentos que lembrem a textura da carne, e a conscientização de mais pessoas por assuntos relacionados a sustentabilidade, também impulsionaram as possibilidades do mercado livre de crueldade animal.

Com todos esses novos artigos vindo as claras, já não dá mais para negar que o veganismo é uma tendência que veio para ficar.

As empresas que iniciarem o desenvolvimento de produtos voltados para esse público desde já, tem muitas chances de se tornaram referência num futuro que irá contar com ainda mais alguns milhões de adeptos desse estilo de vida.

Restaurantes e opções de delivery de comida vegana ainda são escassos no Brasil

Para os empreendedor que pensam em iniciar um negócios de alimentação com grande potencial de lucratividade, investir nas vendas de produtos veganos e vegetarianas pode ser uma grande oportunidade.

Em praticamente todas as cidades do país esse é um serviço bastante escasso mesmo com cada vez mais restaurantes normais disponibilizando algumas opções do tipo no cardápio. Falta diversidade e empreendedores que invistam de verdade na produção de comidas saborosas e bem feitas para oferecer aos clientes.

Claro que uma das coisas que pode estar impedindo um interesse maior dos investidores nesse mercado são os valores dos insumos necessários para o preparo de tais alimentos.

Apesar de a carne ser considerado um dos insumos mais caros da cesta básica brasileira, boa parte dos produtos necessários para o preparo de alimentos veganos podem ser tanto ou até mais custosos. Dessa forma, é necessário que o empresário elabore um detalhado planejamento para que o negócio tenha mais chances de ser bem sucedido.

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Aline ResendeFormada em Marketing e pós-graduada em Língua Portuguesa e Literatura. Trabalha na área de comunicação como Social Media e Criadora de Conteúdo além de fazer trabalhos de atuação e locução para material publicitário.
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