Uma pesquisa recente do banco BTG Pactual revelou que a compra de produtos da gigante de moda Shein no Brasil pode ser mais pesada no bolso dos consumidores quando comparada a outros mercados globais da marca.
O estudo revelou que os preços para uma mesma cesta de produtos da Shein são cerca de 29% mais elevados no Brasil do que nos Estados Unidos.
Essa diferença se torna ainda mais marcante quando consideramos o poder de compra local, colocando o Brasil em uma posição menos vantajosa em relação a outros 14 grandes mercados onde a Shein atua.
Apesar da diferença de preços em relação ao mercado norte-americano, a Shein apresenta preços mais acessíveis do que seus concorrentes varejistas de moda no Brasil, como Renner, Riachuelo e C&A, oferecendo uma economia média de 28%.
Shein está investindo em produção local. Isso é bom ou mau?
A produção local da Shein vem crescendo, o que sugere que a marca em breve poderá competir de forma mais direta com os varejistas locais. No entanto, esse aumento na produção pode resultar em um aumento de preços no futuro.
Vale destacar que a marca apresenta uma política de pagamento aos fornecedores em até 30 dias, prazo inferior ao comumente observado no mercado de varejo, que varia de 90 a 150 dias.
A marca iniciou suas operações no país em maio de 2022 e atualmente conta com aproximadamente 250 funcionários. Além disso, sua presença nas redes sociais é robusta, com milhões de seguidores em plataformas como Instagram e TikTok.
A empresa também se beneficiou do programa Remessa Conforme, da Receita Federal, que isenta impostos de importação para compras de até US$ 50. Embora o faturamento da empresa seja mantido em sigilo, análises de mercado estimam vendas anuais na casa dos US$ 23 bilhões.
Contudo, mesmo com a Remessa Conforme, as recentes propostas de tributação sobre itens recebidos do exterior pode impactar a operação da Shein no Brasil, alterando sua estratégia no país.