A mais recente edição do Relatório Setores do E-commerce no Brasil divulgado pela Conversion revela que em setembro as maiores lojas virtuais do mercado brasileiro alcançaram a marca 1,21 bilhão de acessos.
Segundo o levantamento, o último mês de setembro teve queda de 4,8% em relação a agosto, mas cresceu quando comparado ao mesmo período de 2019.
Os meses anteriores representaram uma série de recordes do e-commerce brasileiro, e setembro concretizou as novas bases do setor no país. Afinal, o estudo aponta que o índice de 1,2 bilhão de acessos mensais fica estabelecido como o mínimo a ser registrado a partir de agora.
O número de acessos registrado em setembro é o menor desde abril, mês que fechou com 1,14 bilhão. Enquanto isso, maio foi o mês com o maior índice do ano (1,37 bilhão), quando muitas medidas de isolamento social estavam em vigor e acabaram estimulando compras via e-commerce, principalmente para os dias das mães e dos namorados.
Entre os segmentos que cresceram no período de pandemia (de fevereiro a setembro), a categoria que mais se destacou no levantamento foi a de “Pets”, com alta de 71% no período.
Em seguida aparece o setor de Comidas & Bebidas com um crescimento de 56%, o que representa uma leve queda em relação a agosto. O segmento de Casa & Móveis havia liderado o ranking nos três meses anteriores, mas encerrou setembro na terceira colocação.
Fecham o top 5 dos setores com maiores altas no relatório de e-commerce da Conversion entre fevereiro e setembro os segmentos de Moda & Acessórios (42%) e Farmácia & Saúde (38%).
E-commerces que mais se destacaram no mercado brasileiro em setembro
Na lista dos 15 sites que mais cresceram durante o período de pandemia, o setor de Moda e Acessórios é o mais representado, com quatro sites no total.
Entretanto, o site com maior alta no período foi o Shopee, que se enquadra na categoria “Importados”. Com quase 8 milhões de acessos em setembro, a plataforma aumentou em 359% o número de acessos em comparação a fevereiro.
Confira a seguir como ficou a lista dos sites com maiores altas durante a pandemia:
- Shopee (Importados) – 359%;
- Menu Dino (Comidas e Bebidas) – 283%;
- Shein (Importados) – 205%;
- É fácil (Eletrônicos e Eletrodomésticos) – 165%;
- Electrolux (Eletrônicos e Eletrodomésticos) – 132%;
- Hering (Moda e Acessórios) – 129%;
- C&A (Moda e Acessórios) – 103%;
- Petz (Pet) – 100%;
- West Wing (Casa e Móveis) – 97%;
- Pernambucanas (Moda e Acessórios) – 97%;
- Riachuelo (Moda e Acessórios) – 95%;
- Stoodi (Educação, Livros e Papelaria) – 93%;
- 123 milhas (Turismo) – 89%;
- Drogasil (Farmácia e Saúde) – 85%;
- Épocas Cosméticos (Cosméticos) – 85%.
Cabe destacar que para esta análise são considerados apenas os sites com mais de 1 milhão de acessos por mês.
- Veja também: Prime Day quer liquidar concorrentes locais da Amazon.
A nova realidade do e-commerce no Brasil
Conforme demonstrado, o setor de comércio eletrônico tem ganhado bastante espaço no mercado brasileiro durante o período de pandemia. Além da alta nos acessos mensais, o padrão de crescimento observado será usado como um novo patamar para 2021.
Ao todo, foram analisados 15 setores no último mês de setembro, e 13 deles cresceram quando comparados ao mesmo mês do ano passado. Este índices reafirmam as mudanças nos hábitos de consumo dos brasileiros durante o período de pandemia neste momento de adaptação.
Para os setores com crescimento acima de 30% nas análises anuais, como de alimentação (67%), mercado pet (48%) e de casa e móveis (42%), está mais claro o potencial que suas páginas na internet representam para os negócios.
E a partir de agora estes segmentos voltam suas atenções para a Black Friday, que acontece no final de novembro e deve movimentar o comércio brasileiro.
A marca de 1,21 bilhão de acessos em setembro foi celebrada por representar um índice alto para um mês de pouca movimentação no comércio. Por conta disso, a expectativa para os próximos meses é de novos índices de crescimento no setor de e-commerce no Brasil.
Para este mês de outubro, por exemplo, a reabertura de lojas físicas deve aumentar a concorrência para as vendas online, mas a estimativa é de que mesmo assim o segmento volte a registrar 1,22 bilhão de acessos.
Além disso, com antecipação de ofertas da Black Friday por parte de algumas empresas, o número pode ser até maior. Neste ano, análises indicam que o tráfego na data deve girar entre 1,48 e 1,79 bilhão de acessos.