O PIX é o novo serviço de pagamentos brasileiros desenvolvido pelo Banco Central. O sistema pretende ser uma alternativa mais rápida e segura para os pagamentos por boletos, transações em dinheiro vivo, TED e DOC.
A ideia geral do PIX é permitir que transferências financeiras aconteçam de forma ininterrupta, ou seja, sete dias por semana, 24 horas. Além disso, essas transações devem ocorrer em um tempo muito curto podendo levar segundos ou alguns poucos minutos para serem concluídas.
Quem faz uso das TEDs e DOCs sabe como esse processo de transação financeira pode ser demorado e caros. Dessa forma, poder utilizar o PIX representará uma evolução e tanto para pessoas comuns e negociantes de todo o país.
E em questão de valores, as transações realizadas por pessoas físicas serão gratuitas. Já para pessoas jurídicas, o BC alegou que as instituições financeiras poderão cobrar uma taxa pelo serviço do PIX. Ainda assim, essa taxa deve ser mais barata do que as praticadas hoje por TED, por exemplo.
Segundo o calendário do Banco Central, a nova ferramenta estará disponível a partir do dia 16 de novembro de 2020. Os interessados em utilizar o sistema, devem fazer cadastro nas instituições financeiras nas quais tem conta a partir do dia 5 de outubro.
Apesar de todas as facilidades prometidas pelo novo sistema de pagamento, muitas polêmicas giraram em torno do projeto desde que ele foi anunciado.
A segurança do sistema foi um ponto levantado por especialistas. No entanto, o BC garantiu a qualidade do sistema de defesa da ferramenta.
Outra polêmica é em relação às transferências em si, afinal por ser instantânea ela não pode ser cancelada. Dessa forma o cliente precisa tomar muito cuidado para quem está efetuando pagamentos para que não hajam erros.
Transferências acontecerão por meio das Chaves de Acesso
Para dar ainda mais agilidade as transações, não será mais necessário passar os dados da conta bancária para que pagamentos sejam feitos.
No PIX serão utilizadas as chamadas “Chaves de Acesso” que nada mais são do que o CPF, telefone ou e-mail de quem irá receber os valores. Dessa forma, não será mais necessário digitar todas as informações bancárias do recebedor, apenas uma das chaves já será o suficiente para que a transferência seja concluída.
As chaves de acesso devem serão cadastradas na instituição financeira no mesmo instante da solicitação de participação no novo sistema.
Lançamento do PIX pode ter sido motivação para bloqueio do sistema de pagamentos do WhatsApp no Brasil
No mês de julho o WhatsApp anunciou seu próprio sistema de pagamentos instantâneos e que o Brasil seria um dos primeiros países a ter acesso a ele. Poucos dias depois, o sistema acabou sofrendo um bloqueio pelo Banco Central que alegou que precisavam ser feitas várias análises de segurança e ética mercantil para liberar o aplicativo.
Os trâmites para a liberação do WhatsApp Pay já passaram de dois meses, e o BC já deixou claro que não sabe exatamente quando ele será aprovado.
Essa demora toda, fez com que alguns especialistas especulassem se o lançamento de uma ferramenta tão similar como o PIX não teria sido o motivo por trás desse boicote a ferramenta do Facebook.
Contudo, o diretor do Banco Central, João Manoel de Mello, alegou que os assuntos não têm nenhuma relação.
A autorização de mudança no regulamento do arranjo de Visa e Mastercard para no âmbito da solução do WhatsApp não tem absolutamente nenhuma relação com o Pix e com o cronograma do Pix.” afirmou o diretor.
Apesar da declaração, algumas fontes de empresas de tecnologia não acreditam na falta de relação entre as ferramentas. Segundo elas, desde o boicote ao WhatsApp o BC vem fazendo diversas reuniões com Facebook e Google, que atuam no ramo de pagamentos, para exigir inúmeras confirmações de segurança de seus sistemas.
As empresas acreditam que esses pedidos tem acontecido apenas com o intuito de atrasar mais as liberações até o lançamento do PIX no mês de novembro.
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