Movimento ReStart Rio estimula empreendedorismo e inovação na cidade

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A capital do Rio de Janeiro é considerada uma cidade problemática por alguns empreendedores, por questões como insegurança, falta de mão-de-obra, problemas políticos e ISS mais caro. Para tentar fomentar o empreendedorismo na cidade, empresários deram início ao ReStart Rio, um movimento para fortalecer o ecossistema de inovação local.

A ideia partiu de Daniel Peres, chefe de inovação da Multiplan, uma das maiores empresas do setor de shopping centers do Brasil. Peres representa a terceira geração na administração da companhia, e já estava cansado de testemunhar a “fuga” de amigos para cidades como São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte por conta das adversidades do Rio.

Segundo Peres, a cidade maravilhosa é incomparável como cartão postal, mas tem enfrentado muitos problemas nos últimos anos. Por isso, os representantes do ReStart Rio acreditam que esse pode ser um momento favorável para recriar um ecossistema de empreendedorismo e inovação na cidade.

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O fundador do movimento afirma que a cidade vê nascer muitos novos negócios que quando começam a crescer são levados para outros lugares. Segundo ele, o objetivo do ReStart é encerrar esse ciclo e manter as mentes empreendedoras no Rio de Janeiro.

Para dar início a esse movimento de estímulo à tecnologia e ao empreendedorismo no município, Peres entrou em contato com nomes que são peças-chave para o ReStart Rio.

O conselho do movimento conta com nomes como José Isaac Peres, fundador da Multiplan e avô de Daniel; Roberto Medina, criador do Rock In Rio; André Street, cofundador da startup unicórnio brasileiro Stone; e Louis de Ségur de Charbonnières, representante do Enseada Family Office, que é responsável por gerir o capital da família que controla a SulAmérica.

Como vai funcionar a ReStart Rio?

Apesar de o conselho dedicar tempo às estratégias do ReStart Rio e eventualmente das startups, o capital virá de outros investidores. O objetivo do movimento é levantar um fundo de capital de risco de R$ 150 milhões a R$ 200 milhões. A Fuse Capital ficará responsável por gerir este fundo, que será direcionado a investimentos exclusivos em startups fluminenses.

Além disso, a aceleradora Fábrica de Startups dará suporte às empresas que ainda estão em estágio inicial, além de ajudar a escolher empreendimentos para a carteira do fundo. Em outra frente, o Founder Institute será responsável pela capacitação de profissionais interessados em empreender ou que façam parte do universo de negócios digitais.

Em 2020, o volume de investimento de capital de risco no Rio de Janeiro cresceu bastante. Mas o principal ponto para o ReStart é manter estáveis esses projetos e o engajamento da comunidade de inovação local. Por isso, o prazo desse primeiro fundo é de 10 anos.

Para João Zecchin, sócio da Fuse Capital, a impressão é de que no Rio de Janeiro os voos são curtos, ou seja, projetos pontuais, planejados para curto prazo. Sendo assim, o movimento procurou estruturar um formato diferente, reunindo mais pessoas em um conceito de comunidade.

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O fundo de investimento não terá diferenciação de setores, e poderá ser utilizado em variadas fases da startup. Isso porque o movimento já tem um corte geográfico, e assim pode evitar que fique com uma carteira restrita demais. Até o momento, a Fuse tem um fundo de US$ 25 milhões, com base no Rio e investimentos nacionais.

A ideia do ReStart é trazer para essa comunidade mentores e parceiros corporativos com potencial de oferecer incentivos que agreguem valor aos empreendimentos recentes e possam colher frutos dessa relação. Nesse sentido, um exemplo de possibilidade é uma meta operacional que acione algum gatilho financeiro. Outro exemplo de alternativa é ter prioridade em co-investimento ou em uma nova rodada de captação.

Segundo Guilherme Hug, que também é sócio da Fuse Capital, a indústria de inovação e tecnologia tem a colaboração em sua essência, e é disso que o movimento precisa para dar certo.

Peres destaca que para os parceiros corporativos esta é uma forma de investir na economia real e num ativo financeiro ao mesmo tempo. Segundo ele, a iniciativa permite que o dinheiro volte ao investidor por meio de questões como a rentabilidade da carteira e o retorno para a própria comunidade. Isso porque o movimenta estimula geração de empregos, pagamento de impostos na cidade, e a atração de talentos para a região.

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Aline ResendeFormada em Marketing e pós-graduada em Língua Portuguesa e Literatura. Trabalha na área de comunicação como Social Media e Criadora de Conteúdo além de fazer trabalhos de atuação e locução para material publicitário.
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