Uma das coisas que conseguiu salvar a renda de muitas pessoas durante a pandemia foi o senso de empreendedorismo. Foi o caso de dois empresários que decidiram investir na montagem de um caminhão de produtos congelados que também é uma loja sobre rodas, criando um dos negócios mais inovadores da pandemia.
Apesar de o delivery ter ganhado o coração de muitas pessoas e ser um modelo de negócio que veio para ficar, para muitas pessoas, ainda é necessário poder olhar as prateleiras antes de decidir aquilo que quer comprar.
Foi pensando nesse público que os irmãos Rafael e André da Silva decidiram por montar um caminhão onde além de armazenar alimentos também poderiam expô-los aos clientes.
A dupla começou o negócio em janeiro desse ano e atualmente atendem 24 condomínios todos os meses. A média de clientes em potencial ultrapassa os 70 mil e o faturamento médio da dupla gira em torno de R$ 50 mil.
“A gente buscou esse modelo de apresentação pela pandemia também, porque facilita o morador ele ta vendo o produto, sem precisar pegar, ter contato físico”, explicou o sócio Rafael.
Segundo os irmão, as perdas de produtos por motivos de encalhamento ou estragos são quase zero. A dupla tem gastos de pouco mais de R$ 1 mil mensais com manutenção e combustíveis, o que comparado ao faturamento frequente, afirma como o negócio é extremante lucrativo.
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O caminhão expositor de congelados trabalha com mais de 80 itens. Entre eles os clientes encontram opções de carnes, doces, salgados, massas, entre vários outros que poderiam ser encontrados em um supermercado.
Para os clientes, especialmente os mais velhos, a ideia do caminhão facilitou demais a vida de quem está levando a sério as medidas de isolamento social. É o caso da dona Vânia Marchetti, moradora de um dos condomínios atendidos por Rafael e André que afirma que o caminhão supriu sua necessidade de ir ao mercado durante a pandemia.
“Tenho 67 anos, com essa pandemia, a dificuldade pra sair e ir ao mercado, então aqui me facilitou muito, porque eu já compro tudo pronto”, disse a moradora em entrevista a revista Pequenas Empresa e Grandes Negócios.
Para os empresários a ideais é que a partir do ano que vem o negócio possa ser expandido. Os planos são de investir em ao menos mais um caminhão para realizar atendimentos em novos condomínios da região.
Drive-In é mais um dos negócios inovadores lançados na pandemia
Outra dupla de irmãos que investiu em negócios inovadores durante a pandemia foram Tina Alvarenga e Roberto Souza Queiros, ambos donos da Alpha Filmes, grande distribuidora de filmes estrangeiros no Brasil.
Com as restrições da pandemia, os cinemas ficaram fora de funcionamento por vários meses, e ainda hoje as exibições não voltaram ao normal.
Com a experiência de mais de 30 anos com a compra de direitos de grandes filmes estrangeiros e distribuição para o circuito brasileiro, os irmãos decidiram inovar e montar um Cinema Drive-in.
Todo o processo de transformar um estacionamento que era da família, em sala de cinema foi bastante burocrático, o que atrasou o início do projeto. Porém, em setembro do ano passado, finalmente o Alpha Cine Drive-in conseguiu ser inaugurado.
O principal conceito de um cinema Drive-in são os espectadores assistirem aos filmes em uma tela de cinema, dentro de seus carros. Dessa forma, a ideia é perfeita para o momento da pandemia, onde o isolamento social se faz necessário.
Apesar de o negócio ter surgido principalmente pela nova realidade social, os irmãos não pretendem que ele seja apenas um negócio temporário. A ideia é, realmente, que o Alpha Cine tenha longa vida e permaneça como mais uma opção de entretenimento mesmo após o período de crise.
“Damos a segurança para os exibidores de cinema que não somos aventureiros no negócio, temos regulamentações de projetores, credenciamento na Ancine, a divulgação de dados de bilheteria vai para o sistema do setor. É uma sala de cinema real, efetiva”, afirmaram os irmão.
As ideias para a permanência fixa do novo cinema aliás já tem borbulhado na cabela de Tina. A empresária já pensa em adicionais cadeiras para os espectadores que estiverem sem carro, além de uma área para o estacionamento de food trucks para maior conveniência dos clientes.
Fonte: G1 | Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios
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