Fraudes no varejo: quais podem prejudicar a sua loja?

As fraudes no varejo são todas as atividades ilegais e enganosas que geram prejuízo para o lojista e/ou para os clientes. Infelizmente, esses golpes estão presentes tanto nas lojas físicas quanto nas virtuais e geram perdas financeiras e reputacionais significativas para as marcas e público.

Para você ter uma ideia do impacto, o Mapa da Fraude mostrou que, apenas no e-commerce, foram realizadas 3,7 milhões de tentativas de golpes em 2023, o equivalente a R$ 3,5 bilhões. O meio de pagamento que mais recebeu investidas foi o cartão de crédito — 3,4 milhões. 

Outra pesquisa, essa do Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), prevê que o varejo terá prejuízo de R$ 99 bilhões até 2025, decorrente de golpes no comércio eletrônico.

Como evitar tudo isso e proteger o seu negócio? O primeiro passo é conhecer as principais fraudes no varejo para, em seguida, tomar as devidas medidas de prevenção. É justamente sobre isso que falaremos agora.

Siga a leitura e confira!

Quais são as fraudes mais comuns no varejo? 6 exemplos

São muitos os tipos de fraudes no varejo. As mais comuns que afetam diretamente a gestão de lojas, principalmente a financeira, são:

  1. chargeback;
  2. golpes com cartão de crédito;
  3. roubo de identidade;
  4. fraude de fornecedores;
  5. comprovantes falsos;
  6. páginas de pagamento falsas;

Vamos aos detalhes?

1. Chargeback

Neste tipo de golpe no varejo, o golpista faz uma compra em um e-commerce, espera o produto chegar e, logo em seguida, entra em contato com a operadora de cartão para cancelar o pagamento. Geralmente, a alegação é de que não reconhece aquela operação financeira.

2. Golpes com cartão de crédito

Um dos tipos mais comuns de golpes com cartão de crédito é quando o cliente tem os dados desse meio de pagamento furtados e esses são usados por criminosos para realização de compras. 

Quando a pessoa recebe a fatura e não reconhece a aquisição, entre em contato com a operadora do cartão para cancelar, e o varejista fica no prejuízo.

3. Roubo de identidade

Semelhantes à fraude anterior, nesse caso os dados pessoais e números de documentos dos clientes são furtados e usados para preencher cadastros, solicitar cartões em redes varejistas e, posteriormente, fazer compras.

4. Fraude de fornecedores

Acontece quando o varejista é atraído por preços bem mais baixos que os praticados normalmente, realiza a compra com o fornecedor em questão para reabastecer o estoque da loja, mas não recebe as mercadorias.

5. Comprovantes falsos

Sabe quando o varejista vende um produto e pede para o cliente enviar o comprovante de pagamento para liberar? Pois bem, nesse tipo de golpe, a pessoa apresenta uma comprovação falsa.

Outra possibilidade envolve o Pix, que apesar de ser um meio de pagamento extremamente seguro e rápido, está sendo usado para fraudes no varejo. 

Segundo uma pesquisa da Cielo, os golpistas ou apresentam comprovantes falsos, ou fazem agendamento com o Pix e cancelam a operação posteriormente.

6. Páginas de pagamento falsa

Esse é mais um tipo de golpe no varejo que prejudica o lojista e o cliente ao mesmo tempo. 

Trata-se de páginas web falsas, praticamente idênticas às oficiais das lojas, que podem copiar todo o site de venda, ou apenas a parte de pagamento (situação que acontece quando o comércio eletrônico é invadido e hackeado).

Sem saber da falcatrua, o consumidor acessa o comércio eletrônico, escolhe o produto e efetua o pagamento. Porém, nunca recebe o item.

A loja tem a imagem prejudicada, e a falta de segurança leva a perdas de clientes e, consequentemente, de faturamento.

Como prevenir fraudes no varejo? 6 dicas!

Apesar de todas essas fraudes no varejo, a boa notícia é que existem formas de se prevenir e, com isso, proteger o seu negócio e seus consumidores. 

Algumas das melhores medidas que você pode tomar são:

  1. adotar tecnologias antifraude;
  2. definir uma boa política de devolução e troca;
  3. treinar corretamente os funcionários;
  4. implementar onboarding digital;
  5. realizar background check;
  6. usar diferentes camadas de proteção de dados;

1. Adotar tecnologias antifraude

Um dos principais erros de gestão do varejo é investir ocasionalmente em tecnologia. Seja por restrição no orçamento, ou por falta de conhecimento, não são poucos os varejistas que deixam o apoio tecnológico de lado. Porém, quando o assunto é se proteger de golpes, esse recurso se torna essencial.

Nas lojas físicas, por exemplo, podem ser instalados sistemas de vigilância e monitoramento em tempo real. Já nas virtuais, a criptografia é uma ótima aliada para evitar problemas de pagamento.

2. Definir uma boa política de devolução e troca

Pode nem parecer real, mas existem, sim, pessoas que compram os produtos, usam, e depois voltam à loja para devolver e reaver o dinheiro, ou trocar por outro item. 

Uma ótima maneira de evitar esse tipo de golpe no varejo é definir políticas de devolução e troca claras e rigorosas incluindo, por exemplo, limite de dias para essa operação, análise da condição do produto e comprovante de pagamento.

3. Treinar corretamente os funcionários

Entretanto, essas políticas só terão resultados se os funcionários a respeitarem e não abrirem exceções que contribuem com as fraudes. Por isso, é essencial treinar os times corretamente sobre como devem agir perante cada caso.

O mesmo nível de orientação vale para a etapa de cobrança da compra, para não deixarem, por exemplo, quem está pagando manusear a máquina de cartão. 

4. Implementar onboarding digital

O onboarding digital é o processo de aceitação online de clientes, também conhecido como Know Your Customer (KYC), que em português significa “conheça seu cliente”.

Nessa estratégia, é feita uma análise do comprador, incluindo confirmação de identidade, dados financeiros e perfil de risco antes de efetivar a venda.

5. Realizar background check

O background check também tem por objetivo avaliar a ficha do cliente, porém, toma como base históricos e antecedentes do comprador, como relacionamento com bancos e negativação anterior de novo por problemas com crédito.

6. Usar diferentes camadas de proteção de dados

A construção de diferentes camadas de proteção de dados tem a ver com o uso da tecnologia que citamos. Porém, aqui, o objetivo é impedir vazamentos que podem facilitar a ação de criminosos no roubo de dados de clientes, ou mesmo a invasão do site, aplicativo ou sistemas da loja. Para isso, podem ser usados recursos como software antivírus e antimalware.

Por falar em sistemas, o usado para o gerenciamento e controle de entradas e saídas de valores precisa ser tão seguro quanto a sua plataforma de vendas. Afinal, é nesse ambiente digital que estão registradas todas as operações e faturamento do seu negócio.

Por isso, na hora de escolher um para o seu negócio, analise as funcionalidades disponíveis e também as camadas de proteção oferecidas para evitar que seu negócio seja mais um alvo de fraudes no varejo.

Este artigo foi escrito pela F360, plataforma de gestão de financeira para lojas e franquias que torna o gerenciamento desses negócios muito mais eficiente, seguro, fácil e dinâmico.

Flavio CarvalhoGestor de Projetos e Pessoas da WebGo Content. Especialista em SEO e novos Projetos. Formado em Relações Públicas (PUC/PR) e experiência de mais de 10 anos no Marketing Digital.
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