Ian Ferreira é um homem transgênero que foi demitido durante a pandemia e em busca de empreender, criou o Not Meat, um negócio vegano que fatura cerca de R$ 40 mil por mês onde todos os funcionários são trans.
Veja mais a seguir sobre a história do empreendedor que criou um negócio vegano e inclusivo em Porto Alegre e vem fazendo muito sucesso!
Empreendedor cria negócio vegano e inclusivo e está fazendo sucesso em Porto Alegre
O empreendedor é um homem trans que antes de ser um empreendedor, passou por diversas experiências ruins no mercado de trabalho até se encontrar na gastronomia. No entanto, em alguns dos restaurantes em que trabalhou, Ian foi obrigado a conviver com comentários preconceituosos e episódios traumáticos, o que fez com que se sentisse sem suporte e oportunidades de crescimento.
Logo Ian estava desempregado e com as contas chegando, com isso, passou a vender molhos de tomate artesanais para amigos e conhecidos. Suas vendas ocorriam pelo Instagram, e o empreendedor faturava cerca de R$ 1 mil por mês, o que era suficiente para pagar o aluguel, o qual dividia com duas amigas, e contas básicas.
Em 2021, Ian viu um post de um influenciador sobre uma mentoria de empreendedorismo para pessoas LGBTQIA+ oferecido pela Micro Rainbow Brasil em parceria com a PwC Brasil. Ian se inscreveu e logo começou a participar das aulas e entender mais sobre empreendedorismo.
O curso fez com que Ian transformasse sua pequena venda de molhos em um negócio mais estruturado. O empreendedor comprou um forno artesanal para produzir pizzas em casa e aumentou seu cardápio. Sua empresa passou a ter um faturamento bruto de R$ 6,5 mil por mês, e com o tempo foi aprimorando seus equipamentos, receitas e negócios.
Em fevereiro de 2022, uma amiga empresária do empreendedor estava prestes a fechar um restaurante em Porto Alegre – RS, e Ian sugeriu que eles virassem sócios e que ele fosse responsável por cuidar do espaço. E ali se deu o início do Not Meat, restaurante vegano que fatura R$ 40 mil por mês.
A sócia de Ian entrou com o ponto, e ele ficou responsável pelas receitas, comunicação visual, cardápio e desenvolvimento do negócio. Os molhos ainda fazem parte, mas como complemento dos pratos.
Atualmente, todos os colaboradores freelancers da casa são pessoas transgênero, e o próximo passo para Ian é conseguir contratá-los como CLT.
O sonho de Ian é criar workshops para auxiliar pessoas trans a venderem seus trabalhos, construindo um espaço onde pode acolher, valorizar e incentivar a todos.
