Hoje, 19 de novembro, é comemorado o Dia do Empreendedorismo Feminino. Uma pesquisa recente do Sebrae revelou que nesse ano de 2020 as mulheres conseguiram inovar mais para manter seus negócios durante a pandemia de coronavírus.
2020 tem sido um ano difícil para a maioria dos negociantes que precisaram se adaptar a mudanças nunca vistas antes. No meio disso tudo, para a mulher empreendedora, isso acabou pesando ainda mais, já que aumentaram as responsabilidades com tarefas domésticas, filhos e família em geral.
Um levantamento realizado pelo Facebook em parceria com a ONU Mulheres mensurou que enquanto 59% das mulheres viram um aumento considerável no tempo gasto cuidando da casa e da família durante a crise pandêmica, isso foi sentido por apenas 44% dos homens.
Apesar de os números apontarem que a desigualdade entre gêneros ainda não foi superada e que mulheres empresárias precisam se esforçar mais para que seus negócios deem certo, a pesquisa do Sebrae demonstrou que mesmo com mais trabalho acumulado, foram as mulheres que investiram em inovações.
Os dados do estudo apresentaram que 11% das empreendedoras realizaram algum tipo de mudança em seus negócios para se manter relevante durante a crise. Enquanto apenas 7% dos homens relataram terem tomado a mesma atitude.
As ferramentas mais utilizadas por elas para garantir essas inovações foram a adoção das redes sociais para divulgar seus produtos.
Com a expansão das compras pela internet, as empresárias brasileiras não desperdiçaram tempo e adaptaram rapidamente suas empresas para atender a clientela online.
Outra ferramenta que ganhou vez nos negócios delas foi o maior uso dos aplicativos de Delivery. Isso porque, com as pessoas não saindo de casa para comprar, de alguma forma a demanda por entregas precisava ser suprida.
Falta de oportunidades no mercado após a maternidade é um dos estopins para o empreendedorismo feminino
As mulheres são responsáveis por quase 50% dos empreendimentos ativos hoje no Brasil. Infelizmente, isso ainda não é o suficiente para que as mesmas tenham melhores oportunidades no mercado de trabalho.
A realidade é que boa parte das mulheres que decidiram empreender tomaram essa atitude mais por necessidade do que vontade.
A maternidade é um fator constante para demissões ou não contratação de mulheres em muitas empresas. Muitas passam anos na mesma organização, porém após engravidarem e passado o período de estabilidade são dispensadas de seus cargos.
Esse triste fato preconceituoso, obriga muitas a buscarem outras formas de manter a renda em casa e o mais comum acaba sendo o empreendedorismo.
Segundo pesquisa realizada pela Rede Mulher Empreendedora, 68% das donas de empresas iniciaram um negócio após serem mães.
Veja também: Como vender no Enjoei – Dicas para vender semi-novos e usados
Grandes empresas tem investido em programas de incentivo ao empreendedorismo feminino
Diante de todas as dificuldades enfrentadas por mulheres de todo o país para conseguir dar conta de seus negócios e outras tarefas, algumas empresas têm investido em programas que auxiliem a prática do empreendedorismo por elas.
Boticário Desenvolve
O Boticário já lançou alguns programas esse ano com o intuito de auxiliar o empreendedorismo feminino. Agora, na reta final do ano, a empresa traz mais um projeto a luz com o mesmo objetivo.
O projeto Desenvolve, tem como foco oferecer educação nas áreas de tecnologia para pessoas em situação de vulnerabilidade social. São 130 vagas para os cursos e 50% dessas são reservadas para mulheres, pretos e pardos.
As inscrições para o programa podem ser feitas nesse link até o dia 29 de novembro.
Itaú Mulher Empreendedora
O programa Mulher Empreendedora do Itaú já existe a alguns anos e tem como objetivo criar conexão entre mulheres empresárias além de oferecer vários conteúdos de capacitação.
Ao se cadastrar no programa, a empresária tem acesso a diversos artigos sobre gestão, acesso a um banco de vídeos com dicas para o negócio, cursos online e networking.
Para se cadastrar no programa, basta acessar o site.
Veja também: Como importar produtos estrangeiros para revender no Brasil