A Amazon anunciou o lançamento de um programa de logística para oferecer frete rápido e gratuito aos parceiros do seu marketplace. O FBA – Logística da Amazon permite que vendedores que atuam na plataforma da empresa usem os centros de distribuição e recursos de logística da companhia ao invés de estocar e enviar as mercadorias por conta própria.
Com isso, a expectativa da Amazon é aumentar a oferta de produtos com entrega rápida e gratuita para os assinantes da Prime, serviço da empresa que dá direito a uma série de benefícios.
Além de beneficiar os membros da Prime, a novidade ajuda os vendedores brasileiros que utilizam o marketplace da Amazon. Aqui nós já mostramos o passo a passo para se cadastrar e vender na Amazon.
As vantagens do programa FBA – Logística da Amazon para parceiros e consumidores foram destacadas pelo líder do projeto no Brasil, Rafael Ferreira.
Para o consumidor final, o grande benefício é a rapidez de entrega e o frete grátis. Para o parceiro, tira a operação logística para que ele se foque no que sabe fazer de melhor: comprar os melhores produtos e aumentar a conversão de vendas”, destaca Rafael.
De acordo com o executivo, a Amazon está trabalhando junto com os vendedores parceiros para descobrir os produtos mais recomendados para aderir ao programa. Esse trabalho conjunto é importante porque a empresa estadunidense cobra taxas de manejo e entrega dos vendedores.
A Amazon não revela o atual tempo de entrega e nem a estimativa de quanto seu programa de logística deve encurtar deste prazo. Entretanto, a empresa informa que as entregas já acontecem em até dois dias para clientes de mais de 500 cidades brasileiras.
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Programa de logística da Amazon está disponível apenas em São Paulo
Ao menos por enquanto, o FBA é disponibilizado para um grupo limitado de parceiros da Amazon: pequenas empresas do estado de São Paulo. Para utilizar o novo programa de logística da empresa, os vendedores devem operar sob o regime tributário do Simples Nacional, que é voltado a negócios de pequeno porte, inclusive MEIs.
O programa funciona da seguinte forma: os parceiros da Amazon enviam suas mercadorias para um dos centros de distribuição da empresa no Brasil. A Amazon e a transportadora parceira ficam responsáveis pela logística, empacotamento e também pela entrega ao cliente final. Além disso, a companhia ainda realiza o atendimento de pós-venda.
Recentemente, a Amazon anunciou três novos centros logísticos no Brasil: em Betim (MG), Santa Maria (DF) e Nova Santa Rita (RS). Com as novas instalações, a companhia norte-americana passa a contar com oito unidades logísticas no país, o que facilita a entrega de produtos a todos os municípios brasileiros.
Em relação aos parceiros que não poderão utilizar o novo programa de logística da Amazon neste primeiro momento, ou seja, aqueles que não estão localizados no estado de São Paulo ou não utilizam o Simples Nacional, a empresa disponibiliza o FBA Onsite.
Neste programa, os vendedores precisam manter seus produtos em um estoque próprio, mas têm direito às ferramentas da Amazon para gerenciar o inventário. A entrega dos produtos fica a cargo da transportadora parceira da companhia, que realiza as coletas das mercadorias nos armazéns dos vendedores.
Crescimento do e-commerce beneficia a Amazon
As novas condições impostas por um 2020 atípico representaram um aumento na demanda pelo comércio digital. Em São Paulo, por exemplo, o e-commerce cresceu em 6 meses o mesmo que em 6 anos.
Segundo um levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) e do Movimento Compre&Confie divulgado em setembro, o e-commerce havia faturado R$ 41,92 bilhões no Brasil até o mês de agosto. Como efeito de comparação, em todo o ano de 2019 o faturamento foi de R$ 75,1 bilhões.
Neste cenário de crescimento do e-commerce em todo o mundo, a Amazon é a empresa que mais se destaca. No terceiro trimestre de 2020, a receita da empresa foi de 96,1 bilhões de dólares, bem acima dos 70 bilhões de dólares registrados no ano passado.
Atualmente, a companhia fundada por Jeff Bezos, o homem mais rico do mundo, detém algo entre 43% e 45% do e-commerce dos Estados Unidos. Avaliada em 1,57 trilhão de dólares, a Amazon viu o valor de suas ações saltar 54% neste ano.