Apesar de entrar em vigor somente em novembro, o Pix já está recebendo pedidos de adesão de clientes. E segundo levantamento da consultoria Bain & Company, mais da metade dos brasileiros devem utilizar o serviço de pagamentos instantâneos.
De acordo com a pesquisa, cerca de 63% das pessoas têm interesse no novo serviço do Banco Central, ou já cadastraram pelo menos uma chave. Como já informamos anteriormente, cada cliente pessoa física pode fazer o cadastro de até cinco chaves no sistema.
Mas a pesquisa também indica que o processo de ofertar o serviço do Pix não será tão simples para as instituições. Isso porque elas têm que encarar o desafio de educar seus clientes para utilizarem o sistema.
Segundo o levantamento, somente 24% dos usuários entendem de fato como vai funcionar o Pix. Enquanto isso, 38% das pessoas já ouviram falar do novo serviço, mas não sabem do que se trata.
Aparentemente, a maior barreira para o sistema é a questão da digitalização. Entre as pessoas que utilizam a internet como principal meio para as operações, uma em cada três não conhecem o Pix. Já entre aquelas que não usam canais digitais, o serviço é desconhecido para mais da metade, 57%.
Vale lembrar que o Pix é um sistema instantâneo do Banco Central que pode ser utilizado a qualquer momento do dia, e chega para competir com DOC, TED, boletos e cartões.
Para a pesquisa da Bain & Company foram entrevistadas mais de 10 mil pessoas via internet no período de uma semana, entre 25 de setembro e 2 de outubro. Os dados foram obtidos por meio da ferramenta NPS Prism, lançada recentemente no Brasil para avaliar a percepção dos clientes de bancos de varejo.
Como cadastrar uma chave Pix
Para os clientes, o primeiro passo da adesão ao Pix é o cadastramento de uma chave no sistema. As chaves representam o endereço de cada conta do serviço, identificando cada usuário do Pix.
As chaves podem ser criadas em nome de pessoas físicas ou jurídicas, e precisam de um dos seguintes dados como forma de identificação: CPF/CNPJ, número de telefone celular, email, ou a chamada “chave aleatória” – uma maneira de receber um Pix sem a necessidade de informar dados pessoais.
A chave aleatória é uma espécie de login. Trata-se de uma série de números, letras e símbolos usados para identificar a conta para qual os recursos devem ser destinados.
As chaves Pix devem ser geradas nos canais da instituição financeira com a qual o usuário tem conta. Para isso, é possível utilizar o aplicativo do banco no smartphone, o internet banking ou ir à agência mais próxima.
Após o encerramento do prazo de adesão ao Pix por parte de instituições no dia 16 de outubro, 762 instituições estão autorizadas pelo Banco Central a ofertarem o Pix a partir de novembro.
Feito o cadastro, é preciso aguardar o envio de um código via SMS por parte da instituição para confirmação da chave. Enquanto o limite de chaves por pessoa física é cinco, pessoas jurídicas podem ter até 20 chaves por conta.
Qual o prazo de adesão ao Pix?
Os cadastros de chaves do Pix começaram no dia 5 de outubro e são permanentes. Sendo assim, eles podem ser feitos a qualquer momento, mesmo depois do início do programa em novembro.
O Banco Central afirma que o cadastramento de chaves não é obrigatório para utilizar o serviço. Entretanto, o BC destaca que o processo é altamente recomendável.
Uma das vantagens do Pix, é que os clientes podem utilizar o sistema em quantas instituições financeiras desejar. Além disso, é possível utilizar chaves diferentes para vincular contas transacionais variadas.
Dessa forma, um cliente pode, por exemplo, usar o CPF vinculado à conta corrente do banco A, o e-mail vinculado à conta poupança do banco B, e o número de telefone veiculado à conta de pagamento do banco C.
Por outro lado, também é possível vincular todas estas chaves citadas a uma mesma conta. Em compensação, cada chave só pode ser vinculada a uma única conta. Sendo assim, o cliente pode ter diversas chaves em uma mesma conta, mas não pode ter diversas contas em uma só chave.