Nesta terça-feira (20), a Microsoft anunciou o lançamento do projeto Mais Brasil, uma série de iniciativas de incentivo ao desenvolvimento econômico e de empregabilidade no Brasil.
O programa inclui medidas como ofertas de treinamento digital gratuito para qualificação de 5,5 milhões de brasileiros nos próximos três anos, e a disponibilização de instrumentos de inteligência artificial que devem auxiliar até 25 milhões de trabalhadores graças a uma atualização no Sine (Sistema Nacional de Emprego).
Além desta iniciativa em parceira com o Ministério da Economia, a gigante de tecnologia também está expandindo sua infraestrutura de armazenamento em nuvem no Brasil.
O projeto foi anunciado no evento Microsoft Mais Brasil, que aconteceu virtualmente por conta das medidas de combate ao novo coronavírus. Estiveram presentes no evento o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, e o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), Carlos da Costa.
O titular da Sepec destacou que a demanda por profissionais especializados em tecnologia da informação é grande, e isso se deve a falta de qualificação.
Por conta disso, a presidente da Microsoft Brasil, Tânia Cosentino, reafirmou a necessidade de formar profissionais na área, pois o país ficou para trás no setor. Para a executiva, isso inclui atrair um número maior de jovens para os cursos de ciências exatas, principalmente mulheres.
Os treinamentos para qualificação digital estarão inseridas na plataforma de ensino remoto Escola do Trabalhador 4.0. O projeto foi desenvolvido pela Sepec em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), e irá agregar conteúdos da Microsoft.
A plataforma deve oferecer 20 cursos diferentes da marca a candidatos de emprego, por meio da Microsoft Community Training. As áreas contempladas vão desde a alfabetização digital até computação em nuvem e inteligência artificial.
Solução da Microsoft é ideal para o cenário brasileiro
Outra medida anunciada pela Microsoft foi a doação de créditos de nuvem para melhorar o desempenho do Sistema Nacional de Emprego. A atualização irá usar ferramentas de Inteligência Artificial para conectar profissionais e suas competências a oportunidades de emprego relevantes.
Além disso, a solução deve encaminhar pessoas para cursos de qualificação, e tem como meta melhorar a empregabilidade para até 25 milhões de trabalhadores.
Segundo o secretário Carlos da Costa, as ferramentas da Microsoft permitirão que os candidato possam encontrar empresas ideais para sua carreira. Enquanto isso, as empresas terão meios para encontrar os melhores candidatos para ocuparem as vagas disponíveis.
O secretário também comentou que escolha da Microsoft para a parceria se deu pela disposição da empresa em oferecer soluções essenciais sem gerar custos financeiros para a União.
Da Costa também destacou a disponibilidade da Microsoft em customizar soluções, já que o caso do Brasil é bastante específico, com a necessidade da qualificação começar bem de baixo. De acordo com ele, o país tem deficiência de base, ou seja, trabalhadores sem habilidades específicas nem educação formal. Por isso, o sistema precisa começar por baixo.
Durante o evento, a empresa também anunciou a expansão da sua infraestrutura de nuvem, lançando uma nova região de datacenter no Rio de Janeiro – a primeira foi inaugurada em 2014, em São Paulo.
Segundo a presidente da Microsoft Brasil, trazer o datacenter para o país foi uma forma de criar infraestrutura e fomentar educação e qualificação.
Isso porque, quando colocamos o Brasil em um ranking global, estamos em 80º lugar na capacidade de atrair, formar e reter talentos. Pior do que estar atrás, foi termos perdido oito posições no último ano”, completou.
Desenvolvimento sustentável
As iniciativas anunciadas pela Microsoft no Brasil também focam na questão da sustentabilidade. Entre os compromissos assumidos pela empresa estão o objetivo de ser carbono negativa até 2030, e o total fornecimento de energia por fontes renováveis até 2025.
Além disso, a Microsoft também anunciou o plano de utilizar inteligência artificial no auxílio à proteção da floresta amazônica. A proposta é aproveitar os recursos destas ferramentas para combater desmatamentos e queimadas.
Para isso, a tecnologia deverá ser associada a alguns indicadores de irregularidades. Isso inclui, por exemplo, a observação de estradas abertas ilegalmente em regiões florestais, e imagens de satélite que indicam zonas prováveis de desmatamento.
Segundo a empresa, a iniciativa deve ser posta em prática durante a próxima estação de seca no ano que vem.