A Natura & Co, companhia brasileira conhecida no mercado de cosméticos, surpreendeu o mundo financeiro ao anunciar sua saída da Bolsa de Nova York (NYSE).
A medida marca um passo significativo na estratégia da empresa de focar em segmentos mais rentáveis de seu portfólio.
Por que a Natura deixou a Bolsa de Nova Iorque?
O recente anúncio do Conselho de Administração da Natura sobre a retirada de suas American Depositary Shares (ADSs) da NYSE reflete uma mudança estratégica.
A companhia aparentemente avaliou que manter a listagem secundária nos Estados Unidos deixou de ser vantajoso, uma vez que a maior parte das transações envolvendo os papéis da Natura ocorre na B3, a Bolsa de Valores brasileira.
Com isso, a empresa optou por descontinuar suas atividades na plataforma americana, buscando otimizar seus esforços e recursos em partes do negócio consideradas mais lucrativas.
Natura também vendeu marcas recentemente
Além da saída da Bolsa de Valores de Nova Iorque, a Natura recentemente realizou vendas significativas de partes de seu portfólio de marcas.
A reconhecida Aesop foi vendida para a gigante L’Oréal pelo valor de US$ 2,586 bilhões (cerca de R$ 12,9 bilhões, na cotação atual), enquanto negociações para a venda da The Body Shop para o Aurelius Group estão em andamento.
As decisões de desinvestimento seguem uma lógica estratégica de enxugamento e foco em operações centrais.
Movimentos buscam simplificar operações da Natura
As recentes movimentações da Natura apontam para uma tendência de simplificação de seu conglomerado de operações.
Além de se desfazer de duas marcantes subsidiárias, a deslistagem da Bolsa de Nova York visa a concretizar uma abordagem mais enxuta e centrada nas suas atividades empresariais fundamentais.
A concentração de esforços se mostra uma resposta da companhia aos desafios enfrentados nos últimos anos e à necessidade de reestruturação no sentido de revitalizar sua performance de mercado e valor para os acionistas.
Desafios e Recuperação da Natura
A gigante dos perfumes enfrentou um período turbulento, com suas ações sofrendo uma queda acentuada de R$ 60 para menos de R$ 10 entre julho de 2021 e dezembro de 2022.
Tal cenário reflete desafios significativos, como resultados operacionais abaixo das expectativas e um nível de alavancagem financeira alto. Essas dificuldades estavam, em parte, associadas a grandes aquisições que a empresa realizou.
Em 2020, a Natura levantou a quantia de R$ 8 bilhões em capital como uma estratégia para reforçar suas reservas financeiras e diminuir suas dívidas.
Atualmente, a empresa mostra sinais de estabilidade, com uma melhora perceptível na cotação de suas ações no início deste ano.
O Futuro da Natura: Perspectivas e Planos
O caminho adiante para a Natura sugere um foco renovado na estabilidade operacional e simplificação de suas atividades.
Importantes passos foram dados ao longo do último ano, com destaque para a integração das marcas Natura-Avon na América Latina, que ocorreu no segundo trimestre de 2023, como um esforço importante para otimizar e refinamento do negócio.
Observadores do mercado e os próprios investidores acompanharão de perto os próximos capítulos dessa reestruturação da Natura.
Fonte: InvestNews.
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