Serviço de saque via maquininha ganha espaço no Brasil: conheça alternativas

Saque via maquininha

Nos últimos meses, iniciativas que permitem aos clientes sacarem dinheiro no comércio tornaram-se tendência no país. O saque via maquininha de cartão já é oferecido por algumas empresas e startups.

A proposta dos serviços de saque via maquininha é justificada pela diminuição no número de agências bancárias e caixas eletrônicos no Brasil durante os últimos anos. No final de 2019, mais de 400 municípios brasileiros não possuíam  sequer uma agência bancária.

Uma das alternativas mais recentes e abrangentes é o C6 Express, iniciativa do banco digital brasileiro C6 Bank anunciada nesta quinta-feira (10). O banco trabalha com a maquininha C6 Pay, e com o aparelho clientes podem sacar dinheiro em espécie sem que haja ônus pelo serviço.

Saque via maquininha

Os saques via maquininha oferecidos pelo C6 Bank só podem ser realizados com cartão de débito, e cada cliente pode fazer apenas três transações por dia. Além disso, o valor máximo diário por cliente é de R$ 200, e cada saque pode ser de R$ 10, R$ 20, R$ 50 ou R$ 100. O custo da operação é absorvido pelo banco.

Uma vantagem do serviço é que não há cobrança de taxas de transação de saque para o comerciante, que ainda será remunerado em R$ 1,50 por cada operação durante a fase de lançamento.

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São aproximadamente 45 mil comerciantes que usam a maquininha do banco e podem aproveitar o serviço C6 Express. Clientes novos que solicitarem equipamentos C6 Pay também terão direito ao serviço.

Além do Express, correntistas do C6 Bank também podem sacar dinheiro através da rede do Banco24H sem cobrança de tarifa.

Maquininhas que fazem saque de diheiro

O serviço de saque de dinheiro em comércio não é novidade. Nos Estados Unidos, por exemplo, redes como Walmart e Target já oferecem essa alternativa há algumas décadas.

Ao efetuar o pagamento, o cliente tem a opção de sacar um valor em espécie que será cobrado junto com as compras. O sistema também é comum na Europa.

No Brasil, ainda podemos encontrar outras iniciativas que oferecem este tipo de serviço.

1. Brink’s Pay

A empresa de transporte de valores Brink’s passou a oferecer no ano passado o serviço batizado de Brink’s Pay. Com ele, o cliente precisa acessar o aplicativo do banco do qual é cliente e gerar um código QR. Depois disso é só ir até algum comércio e mostrar o código ao caixa para sacar o valor desejado.

Apesar do serviço ser uma iniciativa da empresa, a transação é feita diretamente com o banco. Com o Brink’s Pay, sempre que houver um saque a empresa será remunerada pelo banco, e o varejista também receberá parte do dinheiro.

2. TecBan

Uma das maiores redes de autoatendimento multibanco do país, a TecBan é proprietária da Rede24Horas controlada pelos principais bancos brasileiros. Em julho, a empresa iniciou sua participação na modalidade de saque no varejo, ficando disponível para clientes de aproximadamente cem instituições que optarem por oferecer o serviço.

Os clientes podem fazer saques no caixa através do cartão, ou então via código QR. A proposta inicial da empresa inclui apenas 15 localidades em cem pontos de venda habilitados, mas a expectativa é que até o final de 2020 o número chegue a 100 mil.

3.SaqJá

Recém chegada ao mercado, a startup brasileira permite saques em dinheiro em comércios como mercados e postos de gasolina. Com a SaqJá, os saques são via maquininha de cartão da Stone em lugares habilitados para oferecer o novo serviço.

Até o momento, a SaqJá está presente em 24 municípios de São Paulo e Minas Gerais. Entrentanto, a expectativa é ter 500 mil maquininhas em diversos estados permitindo a realização de saque até o final do ano. É possível consultar quais estabelecimentos disponibilizam o serviço através de um aplicativo da SaqJá.

A taxa do serviço é de 6,39% sobre o valor transacionado. O valor é dividido entre o lojista (1%), adquirente do cartão (2%) e SaqJá (3,9%).

? Veja mais: SafraPay – Tipos de Máquinas de Cartão, Como Solicitar e Dúvidas.

Felipe MatozoJornalista, ex-repórter do Jornal e Canal "O Repórter" e ator profissional licenciado pelo SATED/PR. Ligado em questões políticas e sociais, busca na arte e na comunicação maneiras de lidar com o incômodo mundo fora da caverna.
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