De acordo com uma pesquisa realizada pelo Méliuz, o consumidor brasileiro está disposto a aproveitar a Black Friday para ir às compras. Apesar da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, 72% das pessoas que utilizam a plataforma pretendem aproveitar a data.
O evento é um dos que mais movimentam o comércio brasileiro durante o ano, e acontece sempre na última sexta-feira de novembro. Nos Estados Unidos, onde surgiu, a iniciativa tem o objetivo de estimular ofertas para que o estoque fique limpo para as vendas de Natal.
Segundo a pesquisa do Méliuz, 72,21% devem aproveitar as ofertas Black Friday 2020, enquanto 26,58% ainda não se decidiram e somente 1,19% não tem a intenção de ir às compras. Mas para o Instituto Brasileiro de Executivos do Varejo (Ibevar), a estimativa é que o próximo mês de novembro ainda tenha queda de 6,6% nas vendas em relação ao mesmo período de 2019.
A Black Friday chegou ao Brasil em 2010, e neste ano acontecerá no dia 27 de novembro. Entre os entrevistados no levantamento do Méliuz, 62% afirmaram já ter comprado em edições anteriores do evento.
Sobre os consumidores que não pretendem aproveitar a data, 43% justificam a opção principalmente pela falta de dinheiro, enquanto outros 43% afirmam não acreditar nas promoções do evento. Entre os indecisos, o principal motivo para a incerteza de 64% é em relação à relevância das ofertas.
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Produtos com maior intenção de compra na Black Friday
Nas últimas edições, a Black Friday tem sido vista como uma oportunidade para aproveitar ofertas de itens de necessidade, como eletrodomésticos e eletrônicos, ou mesmo aproveitar os descontos para presentes de Natal.
42% dos entrevistados afirmara que pretendem aproveitar o evento para comprar itens necessários. Enquanto isso, 25% tem interesse em produtos de desejo, 17% querem uma versão mais nova de algum produto que já utilizam, e 6% pretendem adiantar as compras de Natal para economizar.
Segundo o levantamento do Méliuz, a lista de produtos preferidos para a Black Friday 2020 está assim:
- Eletrodomésticos e eletroportáteis – 52,74%;
- Eletrônicos e Informática – 41,05%;
- Perfumes e Cosméticos – 32,36%;
- Smartphones – 28,64%;
- Móveis e decoração – 28,12%;
- Acessórios e Calçados – 25,33%;
- Roupas – 24,30%;
- Livros – 13,85%;
- Alimentos e bebidas – 11,27%;
- Viagem – 10,54%;
- Jogos e Consoles – 9,30%;
- Relógio e Joias – 8,79%;
- Artigos esportivos – 8,47%;
- Assinatura de serviços – 2,89%;
- Outros – 1,96%
E a maioria dos consumidores planeja aproveitar as ofertas logo nas primeiras horas da Black Friday. Sobre os horários de compras, 38,1% querem aproveitar a madrugada de quinta para sexta-feira, e 31,9% planejam comprar logo pela manhã do dia 27. Por outro lado, 15% pretende comprar durante a noite de sexta-feira, e 14,7% no período da tarde.
Maioria dos consumidores pretende comprar online
O e-commerce deve ser o principal meio de compras para a maioria dos consumidores (58%). As lojas físicas foram citadas por apenas 11% dos entrevistados, e 30,92% pretende dividir as compras entre lojas físicas e digitais.
O interesse pelo e-commerce demonstra uma tendência de crescimento das vendas pela internet observada durante o período de pandemia. Segundo um levantamento da Associação Brasileira do Comércio Eletrônico, o número de pedidos em lojas virtuais saltou 65,7% entre janeiro a agosto deste ano quando comparado ao mesmo período de 2019.
Em relação aos gastos na Black Friday 2020, 32,2% dos entrevistados pretendem desembolsar entre R$ 1.000 e R$ 2.999 na data, e 14,6% estão dispostos a gastar mais de R$ 3.000. Enquanto isso, 25,9% planejam gastar entre R$ 500 e R$ 999, 14,3% de R$ 300 a R$ 499, e 11% entre R$ 100 e R$ 299.
A pesquisa ainda avaliou os fatores levados em conta na hora de escolher a loja para se comprar. Para para 73% dos consumidores, o preço será o fator decisivo na hora da compra. Em seguida vem a reputação da loja/marca (9,41%), o frete grátis (8,47%) e a facilidade na hora do pagamento (5,99%), priorizando questões como parcelamento e juros baixos.
E sobre as pesquisas de itens para compra, 57,8% dos entrevistados afirmaram que devem usar sites de busca para ter mais informações sobre produtos e lojas, e 51,2% planejam ir direto aos sites das lojas. Outros 23,3% pretendem pesquisar em sites de comparador de preço, e 17,6% se atentar a anúncios online.
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